sexta-feira, 11 de abril de 2008

Os jogadores: activos, passivos?

Foi há uns anos (2002), numa entrevista a Bagão Félix enquanto ministro; andava ele todo envolvido com o então novo Código do Trabalho. Respondeu-me assim a uma coisa que metia futebol.
O futebol parece-me um mundo muito competitivo. É muito criticado, mas dele também é possível retirar lições para as empresas, a gestão das estrelas, dos talentos, por exemplo... Os clubes acabam por ser as únicas organizações onde os talentos são activos e não um custo, que parece ser mais para as empresas. O que pensa disto?
Uma das coisas que mais me entristece é a discussão sobre o custo das pessoas nas empresas. Respondo justamente com o que escrevi a certa altura, num pequeno livro intitulado «Ética e Empresa»: «... as pessoas são o recurso e o bem mais importante. Toda a gente o diz, aliás, faz mesmo parte dos discursos oficiais, mas é curioso constatar que a contabilidade das empresas nem sempre o reflecte totalmente. Eis, então, um bom desafio para as técnicas contabilísticas. Não para as contabilidades criativas, mas para as contabilidades verdadeiras e reais. É que, de facto, se as pessoas são um património indispensável das organizações, das empresas, por que é que não estão no activo dos balanços e só estão, como custo, na conta de exploração? Claro que há excepções, como nas SADs, em que as pessoas (os jogadores) estão no activo do balanço, embora em alguns casos certos jogadores merecessem estar no passivo...» Isto no final é uma brincadeira, mas enfim...

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