quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Não concordo

Eu não posso concordar de forma nenhuma com isto que Pacheco Pereira escreveu no «Abrupto». Não é a parte em que se refere a Marques Mendes (nem retive bem o que escreveu), mas a parte sobre Dalila Rodrigues. Ela fez muito bem em reagir contra a incompetência, o desleixo e a aversão ao trabalho manifestada pelos seus superiores. O que Pacheco Pereira parece defender com a história do «dever de lealdade e isenção» é uma administração pública incapaz e soterrada na politiquice desde os lugares de topo na volta quase até ao porteiro de cada serviço.

4 comentários:

Luis Eme disse...

O Pacheco sempre gostou de ter um pé dentro e outro fora do PSD, e isso tem custos. Facilmente entra em contradicção, com o que chama princípios, e que dependem sempre do que está em causa, e principalmente, de quem é a pessoa em causa...

Além disso sofre do mal do Marcelo e do Vasco, por terem de ter sempre opinião, sobre tudo, escorregam com frequência na "banalidade"...

CLeone disse...

António,
se não concordar co o modlod e gestão da Pessoal e o considerar inviável, e nãoconseguir quem de direito a alterá-lo, sai da direcção, certo? no MNAA é igual, só que a srª permite-se mandar bocas em público, apesar de o museu perder visitantes (dados oficiais) mesmo com os favores mediáticos todos (e que são trabalho, admito). Sai muito bem, sem eprfídia nenhuma, a carreira dela é outra (no ensino olitécnico, talvez menos glamoroso). Já o Graça Moura, num cargo de nomeação política directa do PM, tinha chamado de tudo 8vigarista, idiota, etc) ao Guterres em 95 e, quando este foi eleito, ficou por lá... foi muito bem despedido, mas na desvergonha deste país, recebeu o prémio Pessoa. Francamente, o JPP tem razão e só não tem mais por falar com a pose de Estado para não ter de dizer bem do MdaCultura...

Anónimo disse...

Carlos,
o destino de Dalila Rodrigues Já estava decidido no MNAA. E quem manda pode fazer o que quiser. A ideia que eu tenho é que o trabalho dela foi meritório. É inevitável não ter essa ideia, com tudo o que se tem dito, escrito e filmado. Apesar de conhecer as obrigações a que estão sujeitos os funcionários públicos (muitas vezes fazem sentido, noutras são perversas), gostei de ver Dalila Rodrigues a dizer o que pensava e a defender-se.
Quanto aos insultos a Guterres, sabe que neste país há pessoas que podem chamar mais nomes do que outras. Graça Moura nisso tem sorte, está do lado dos que pode chamar mais, com a vantagem de ter vocabulário que chegue.
Eu estou do lado dos que não podem chamar muitos nomes. Uma vez, ainda andava na faculdade, ganhei um prémio da Comissão dos Descobrimentos. Um prémio, digamos assim, literário. Nunca mo entregaram. Passado uns dois ou três anos, num contacto com uma peessoa da Comissão dos Descobrimentos, eu disse para eles ficarem com prémio e irem todos fazer uma grande jantarada à minha custa. E essa pessoa surprendeu-me com uma resposta que nunca mais esquecerei: qualquer coisa como isto: «se você escrevesse uma carta a recusar o prémio, precisávamos de ter um documento...»
O que chamaria vasco Graça Moura aos promotores do Prémio Pessoa se depois não lho entregassem?

Abraço,

António

CLeone disse...

Só uma observação, eu não tenho nada contra o VGM dizer alarvidades, nem contra o que a Drª Dalila pensa (fora as peneiras): tenho é contra não tirarem consequÊncias do qu dizem para depois se fazerem de vítimas. O seu caso é toda uma outra história, essa sim grave.
Abraço