sexta-feira, 23 de março de 2007

Pequenas histórias - 6

Rosa foge

Nunca foi assim, desde tempos – como diriam alguns profetas, perdão, alguns patetas, perdão de novo, alguns poetas, e também poetisas, é claro, apesar de a palavra não ser aconselhada em certos círculos – imemoriais; nunca foi de facto assim, desde tempos imemoriais. Mas agora uma rosa foge, e foge para o lado esquerdo. Na verdade, a fuga é para a direita, isto vendo as coisas a partir da roseira, que tem uma parede atrás. Toma-se o lado esquerdo como o que acolheu a fuga por via das tendências eleitorais, ou antes, eleitoralistas, como diriam alguns profetas, ou eleitoraleiras, como diria um, e apenas um, dos patetas (poetas e poetisas, neste caso, não têm por hábito pronunciar-se).

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